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Quais os passos de uma Constelação Familiar?

  • terapiasistemicaco2
  • 15 de mai. de 2020
  • 5 min de leitura

Atualizado: 25 de mai. de 2020


De acordo com Bert Hellinger a Constelação familiar é uma técnica onde se cria “esculturas vivas” reconstruindo a árvore genealógica, a qual é permitido localizar e remover bloqueios do fluxo amoroso de qualquer membro da família ou geração. É uma dinâmica que traz ao colo do cliente a visão do seu problema, o que muitas vezes demoraria meses de terapia para que fosse descoberto.

Antes de entrar propriamente como esta técnica se desenvolve, vale a pena entender do que se trata as Constelações Familiares e seus fundamentos que são eles: a fenomenologia, psicanálise, campos morfogenéticos, psicodrama e psicoterapia breve. Não se trata de adivinhação, espiritismo, religião, incorporação, vidência ou qualquer coisa do gênero. Tem seus fundamentos na ciência e qualquer pessoa independente da sua religião ou crença pode participar desde que tenha interesse em trabalhar suas questões através deste método.

Para aplicar a constelação familiar, é importante conhecer os passos da constelação, para compreender melhor a essência de como ocorre a sessão e os efeitos que ela pode causar no cliente. Cada passo, irá influenciar diretamente o resultado da sessão e do cliente por isso, é de extrema importância que o profissional esteja devidamente preparado para realizar o seu papel de facilitador.

Em primeiro lugar, o facilitador deve identificar se o seu cliente encontra problemas relacionados ao seu contexto familiar, como exemplo, crenças limitantes sobre si e os outros membros da família, exclusão, conflitos internos com algum familiar, dependência química, problemas financeiros, de relacionamento amoroso, busca extrema pela aceitação, pertencimento no meio familiar, etc.

Geralmente quem se encontra com este tipo e conflito, costuma dizer frases do tipo “Possuo um relacionamento muito complicado”, “Em minha casa tem muita discussão, isso interfere muito na minha vida”, “Tenho preferência por um dos meus filhos”, “tenho dificuldade em me relacionar com minha mãe, pai , irmãos...”, “não consigo me encaixar dentro da minha filha, é como se eu não fizesse parte dela”.

Após identificar o problema, o facilitador deverá observar se o cliente se encontra preparado para trabalhar com esta dinâmica ou se ele possui alguma resistência em ser constelado. Caso ele apresente alguma resistência, uma conversa esclarecedora poderá ajudar, na interpretação sobre o emaranhado do cliente, mas caso ele ainda não aceite, a constelação não deverá ser realizada.

Outra coisa essencial nesta primeira fase do processo, é que o Facilitador em cima do problema do cliente realize perguntas que identifiquem a causa da sua queixa. Por exemplo, “Não me sinto parte da família”. Nesse caso, o facilitador pode supor que seu cliente passou por algum problema em que de alguma forma ele se excluiu ou foi excluído de sua família e pode perguntar: “ O que te faz pensar que você não faz parte desta família? ”, “ Como é o relacionamento de você com sua família? ”, “A partir de quando ou que situação você começou a ter essa sensação? ”. E nessa hora, pode ser que seu cliente diga e perceba tudo que está acontecendo que antes ele não poderia compreender.

Em segundo lugar, para constelar um cliente, é preciso escolher os representantes das pessoas que estão envolvidas no problema, como, pai, mãe, irmãos, avós, entre outros, inclusive a pessoa constelada. Caso a constelação ocorra de maneira individual, poderão ser utilizados bonecos e objetos para representar seus familiares, emoções e situações específicas.

Uma outra opção é não escolher o representante para o cliente e ele mesmo participar da constelação. A decisão de participar ou ficar apenas observando é do cliente, e ambas as situações são corretas.

Quanto aos outros representantes, o cliente constelado ao escolhe-los, deverá posicioná-los em um espaço colocando-os no lugar que achar necessário. Para localizar os representantes é necessário muita concentração e silêncio para que o constelado posicione seus representantes de acordo com o que ele sente na alma.

O movimento da alma é o que une o que está desunido assumindo assim uma carga fenomenológica, pois, quando se posiciona a pessoa em seu lugar, é criado um campo de energia onde acontece a constelação.

“Da Constelação Familiar, resulta uma imagem, esta imagem penetra profundamente na alma. De repente a alma vê: este é o caminho” Bert Hellinger

Nesta hora, é muito comum que os representantes sintam uma energia diferente, passando a gesticular e falar de forma muito semelhante com as pessoas que estão sendo representadas.

Através deste movimento realizado pelos representantes, começa a aparecer a situação que deve ser trabalhada. Destarte, o terapeuta facilitador e o cliente movimentam os representantes que estão inseridos no espaço fazendo com que eles se aproximem ou se afastem, se comuniquem ou não, se olharem ou desviarem, enfim agir de acordo com que acharem cabível no momento. Toda esta movimentação nada mais é o que chamamos movimento da alma nas constelações familiares.

Após o decorrer da dinâmica, os representantes passam a se movimentar naturalmente, sozinhos, seguidos pela intuição, pois suas almas também estão contaminadas pela energia do processo.

O trabalho do facilitador neste momento não é de intervenção, mas ele pode ir perguntando ao seu cliente o que ele está sentindo, observando, como também pode perguntar a algum representante o que está acontecendo, e dentro deste contexto, o facilitador pode ir pedindo que o constelado se concentre para que o problema se resolva e que ele enxergue o que realmente está acontecendo.

Para facilitar toda esta dinâmica, existem frases e palavras “libertadoras” sugeridas pelo terapeuta facilitador para ser dita aos seus representantes, como por exemplo, um pedido de perdão, um simples eu te amo, ou, palavras assumindo seu verdadeiro lugar na família. Essas declarações têm como objetivo trazer um alívio imediato ao cliente, e, geralmente são acompanhadas de choro, abraços e sorrisos.

Para finalizar, a dinâmica irá acabar quando o processo diminui e o constelado passa a compreender melhor a situação que está sendo vivenciada. A constelação pode ser apenas um início de um processo que irá prosseguir no íntimo do indivíduo o qual ele irá se curar no decorrer do tempo, ou pode ser que a cura aconteça em um curto período de tempo.

Quando o facilitador e o cliente decidem que o processo chegou ao fim, que não existe mais o que dizer e fazer, o terapeuta pode encerrar dizendo: “Que bom! Vamos parar por aqui!”

Ao finalizar, os representantes podem sentir vontade de realizar uma ação como, abraçar o constelado, caminhar pelo local da constelação, se sentarem, ficarem em silêncio, etc. O fundamental é que ele se sinta confortável e a vontade para sair da constelação da sua forma.

É muito imponte garantir o sigilo da constelação, este sigilo deve ser garantido por todo o grupo e pode ser comentada somente pelo grupo. Neste sentido, também é imprescindível que o grupo comente entre si sobre o que aconteceu, principalmente para liberar a tensão e quebrar o stress que pode ter ocorrido durante a sessão.

Outra questão muito importante de se entender é que nem sempre o que aparece no campo se resolve de imediato, caso seja necessário, é preciso orientar o cliente constelado a uma terapia para que ele aprenda a lidar melhor com a questão agora latente.

Tem dúvidas sobre Constelações ou deseja saber mais sobre o assunto?

Eu posso te ajudar, para isso entre em contato e saiba mais:

Cristiana de Morais Benedito Lourenço Dias

Facilitadora em Constelações Familiares

Contato: (16) 16 97400-2209

 
 
 

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